Caros amigos e leitores do
Jogos Para Nunca, este que vos escreve desta vez é Arthur Raboni Alves
Rodrigues, estudante de geologia da UFPR, que durante o feriado do carnaval de
2013 esteve na maravilhosa cidade do Rio de Janeiro junto com a Ana Paula (Fada
Braba), e que teve a rara e inesquecível oportunidade de acompanhar um jogo da
Taça Guanabara (primeiro turno do Campeonato Carioca) de 2013: Madureira
Esporte Clube x Bangu Atlético Clube.
Pela primeira vez na
cidade, e mesmo tendo conhecido o carnaval e os pontos turísticos, um dos
programas mais esperados desta minha curta temporada no RJ era, sem dúvidas, a
ida aos jogos de futebol no final de semana (no dia seguinte estive presente no
Fla 1 x 0 Bota no Engenhão) e por isso estava ansioso e com uma ótima
expectativa. Era uma tarde de sábado ensolarada e abafada (como se lá houvesse
outra condição climática), com o termômetro marcando seus habituais 35º C, com
sensação térmica de mais de 40º C. A ida ao estádio levou cerca de 30 minutos e
o clima dentro do carro, com trilha sonora inspirada nos grandes sucessos do
pagode dos anos 90, já indicava que aquela tarde seria inesquecível, mas nem
tanto para a Ana, que dormiu boa parte do trajeto. A chegada no estádio foi
tranquila e a compra dos ingressos mais ainda, pois não havia filas. Porém, nem
tudo são flores. Ao tentarmos passar pelos PMs que faziam a revista nos
torcedores, foi decidido por eles – arbitrariamente e na nossa frente, que não
era permitido a entrada com camisas de outros clubes e também de ficar sem elas
nas dependências do estádio. “Estatuto do Torcedor” justificou o PM. Não sem
lamentação, eu e o Bruno, que vestíamos o manto do tricolor paranaense, tivemos
que usar nossas camisas do lado avesso. Ao passar pelos policiais, logo na
entrada, antes de chegar à arquibancada e ao gramado, do lado esquerdo está
instalada a Boutique do time da casa e do direito, além de uma vitrine com
todos os troféus dos 98 anos do clube, um painel com fotos de jogadores
conhecidos que já passaram pelo Madureira (primeira diversão do dia = apontar e
dizer quem eram os jogadores).
A arquibancada do estádio é
acanhada, com cadeiras e cobertura de um lado, e cadeiras azuis (que eram do
Maracanã) do outro, sendo que atrás dos dois gols não há lugares para sentar.
Quando chegamos, MEC e BAC já estavam em campo, pois estava rolando um jogo
preliminar entre os juniores dos clubes que, modestamente, foi um show de
horrores. Ainda bem que quando entramos o jogo já estava acabando. Pouco antes
de começar a partida, fomos procurar lugares para sentar. Ficamos na torcida do
Bangu, composta em sua maioria por senhores da melhor idade, mas com alguns
jovens que ainda cantam e gritam pelo clube. Sempre que possível soltávamos
gritos de incentivo ao time, bem como homenagens para as mães do árbitro e dos
bandeirinhas. O sol, que aos poucos se punha, vinha direto em nosso rosto, mas
este não era um “privilégio” apenas nosso. Era possível ver, no telhado de uma
das casas ao lado do estádio, um torcedor do Madureira que estava sentado sobre
as telhas, pronto para acompanhar o espetáculo.
Ficha técnica:
Campeonato Carioca 2013 –
Taça Guanabara – 7ª rodada
Madureira 2 x 3 Bangu
Local: Estádio Aniceto
Moscoso
Gols: Derlei e Rodrigo
Lindoso (MEC); Sérgio Júnior e Eudes (BAC)
Púlbico: 377 pagantes
Alguns fatos interessantes:
- Fabinho, ex-volante que
passou por Flamengo, Santos, Internacional e Flu, foi visto nas arquibancadas
em companhia de um staff do Bangu, que fazia o scout da partida. Tendo em vista
o belo futebol apresentado por Hugo desde o começo do campeonato, imaginamos
que o ex-jogador estava ali como olheiro de algum outro clube interessado na
jovem promessa. Mas ao vê-lo comemorando os gols do Bangu e depois de rápida
pesquisa, descobrimos que ele estava lá porque hoje é o gerente de futebol do
clube. Então, por enquanto, nada do Hugo sair do Rio!
- Durante o segundo tempo,
um velho torcedor do Bangu comentou sobre o finado Castor de Andrade, bicheiro
e ex-presidente do clube, responsável direto pelo título carioca de 66 e do
vice-brasileiro de 1985. Este simpático senhor lembrou duas histórias do
Castorzinho, que andava sempre com uma “prateada” no bolso, e que conseguiu
virar dois jogos a favor do Bangu, sendo um deles de futebol feminino! Demos
boas risadas!
Agradeço a oportunidade de
acompanhar um jogo de futebol com esses dois monstros do esporte e tenho certeza
que mais jogos virão! Foi um prazer incrível! Até a próxima!
Abraço a todos.
Autor do texto: Arthur
Raboni Alves Rodrigues
Equipe presente: Hugo,
Bruno e Ana Paula.