segunda-feira, 17 de março de 2014

Ottawa Senators x Boston Bruins

Olá JPN! Aqui quem fala, novamente, e após quase um ano, é o Arthur! Sim, aquele mesmo, aspirante à geólogo da UFPR do último post sobre Madureira x Bangu de fevereiro de 2013! Pois bem, dessa vez trarei um pouco de umas das experiências mais fodas da minha vida! Jogos da National Hockey League e National Basketball Association, a.k.a. NHL e NBA! Atualmente estou fazendo intercâmbio no Canadá, na Lakehead University em Thunder Bay, ON, e no final do ano de 2013/começo de 2014, tive a oportunidade de viajar por algumas das grandes cidades deste gélido país. “Desde sempre” minha ideia era tentar assistir in loco qualquer jogo das ligas profissionais de hockey e de basquete, e tais feitos foram conquistados em Ottawa e Toronto.
Ok, apresentações devidamente feitas...
Ottawa é a capital do Canadá (sim, é!) e, pessoalmente, não é lá tão interessante quanto as demais cidades, mas é parada obrigatória quando se trata de conhecer as grandes cidades canadenses. Por lá pode-se visitar o prédio do Parlamento, que é grandioso e muito bonito, e também alguns museus legais, como o da guerra, por exemplo. Mas nada muito além desses programas mais tranquilos. Então, para um jovem de 23 anos como eu, aventureiro e serelepe, um jogo da NHL seria justamente a válvula de escape desta monotonia de museus e prédios políticos (os quais até gosto, na verdade).
Enfim, a “história do jogo “começa a ficar interessante quando, no dia da partida, 28 de dezembro de 2013, eu e meu parceiro de hockey Lucas Corazza Pagnussatt, intercambista brasileiro e torcedor da Chapecoense (sério!), fomos consultar o inseparável parceiro de turistas, Google Maps, para descobrir como iríamos para o jogo. Nos surpreendemos quando vimos que o Canadian Tire Centre, casa do Ottawa Senators, ficava a longínquos 28 km do hostel no qual estávamos hospedados, que tinha ótima localização, aliás. Bom, ali decidimos que definitivamente iríamos ao jogo de ônibus, cuja duração da viagem seria de 1h30, já que 30 km de táxi seriam uma fortuna.
Ok, tudo certo e definido, fomos passear. Depois de dar uma volta pela cidade e 2h30 antes da partida começar, fomos ao shopping para comer alguma coisa e partir para o jogo. Como em qualquer grande cidade com grandes eventos esportivos, não nos surpreendemos ao encontrar várias pessoas na praça de alimentação trajando as cores preta, vermelha e branca do Senators, e o preto e amarelo do Boston Bruins, adversário do time naquela rodada. Depois de alguns minutos ali observando todos aqueles canadenses contentes com mais um jogo da NHL, decidimos falar com alguns deles e tentar descolar uma carona (por que não?). No começo parecia uma ideia maluca, mas acabou sendo nossa melhor decisão. Infelizmente não conseguimos aquela carona marota, mas descobrimos que havia um ônibus especial para levar os torcedores ao jogo. Era um ônibus de linha normal, mas que em dias de jogo fazia uma linha direta até o distante estádio. $6 mais pobre e cerca de 40 minutos depois estávamos, finalmente, na casa do Ottawa Senators!
A excitação era grande por estar prestes a realizar um dos meus maiores desejos desde que decidi vir ao Canadá e toda a experiência não foi nada menos do que se esperava. Difícil não ficar impressionado quando se entra pela primeira vez em um ginásio desse tamanho, que tem capacidade de 21 mil pessoas sentadas. Nossos “assentos” eram os mais baratos, $36 (sendo $15 de taxas), no setor que é chamado de Standing Room, que na verdade é uma “mesa” alta localizada no ponto mais distante do rink. Porém, de lá não se perde nenhum lance do jogo, afinal de contas não é tão longe quanto parece pelas fotos e já que os telões estão sempre à vista para nos dar aquela força nos replays e estatísticas da partida.
A partida era importante para o time de Ottawa já que quando os dois times se enfrentaram anteriormente em Boston, os Senadores foram atropelados com um 5 a 0. E desta vez não se esperava nada diferente do que uma partida duríssima para os donos da casa, que tomaram uma virada após estarem vencendo por 3 a 1. Entretanto, os árbitros anularam este quarto gol do Bruins, e então o Senators fez o 4 a 3 e venceu a partida com direito a pressão do Boston nos minutos finais em que o time estava sem goleiro e com seis jogadores na linha. Puta jogaço! Ainda estou me acostumando com as regras do esporte e por isso não posso dar mais detalhes sobre o jogo! HAHA E antes que alguém pergunte sobre as famosas brigas do hockey, e se teve alguma durante o jogo: sim, teve. Foi bem rápida, e apenas uma vez, mas o suficiente para registrar o momento em vídeo! HAHAHA Na volta para o hostel ainda nos perdemos e tivemos que pegar um ônibus para voltar ao lugar em que tínhamos que descer, mas não foi nenhum problema... Afinal de contas, aquela gélida noite de dezembro já tinha se tornado memorável por conta do esporte mais popular no Canadá!







sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

America 1 x 2 Ceres - 22/02/2014

O ano de 2014 começou com algumas mudanças para mim, pois janeiro já chegou com a bombástica notícia de que agora trabalho e moro na aprazível Macaé. Claro que nos fins de semana não perco tempo e retorno à cidade maravilhosa, e para começar bem um destes tão queridos e aguardados finais de semana, resolvi ir até a também aprazível Mesquita. Como vocês sabem, é no simpático bairro de Edson Passos que situa-se o Estádio Giulite Coutinho, casa do America Football Club, desde que o tradicional clube da zona norte carioca parou de mandar jogos no PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL estádio da Rua Campos Salles.

O trajeto não era nada curto, e o meio de transporte escolhido foi a dobradinha metrô-trem. Seriam 31 estações e em cerca de 1 hora eu estaria aterrissando em terras baixas preenchidas por sedimentos quaternários, também chamada de Baixada Fluminense por alguns. Porém, a sorte começou a mudar quando o sistema de som da Central do Brasil anunciou a partida de um trem semidireto com destino a Japeri, e isso me reduziu a viagem para apenas 17 estações e cerca de 40 minutos. Chegando lá, me encontrei com o tricolor também fanático por futebol de baixa qualidade e morador nativo da região Raphael Santiago, também conhecido como Pirulito pelos mais íntimos amigos da geologia UERJ. Juntos, seguimos numa caminhada nada agradável de cerca de 10 minutos sob o sol escaldante que cobria a baixada na tarde de sábado, até chegarmos nas bilheterias do estádio. A procura por ingressos era baixa, e encaramos filas de 30 segundos. Vale ressaltar que os preços eram camaradas, podendo ser comprados a R$ 10 (estudantes pagavam meia entrada), então essa desculpa de altos valores não se encaixa dessa vez. Uma água a R$ 3 para hidratar e tudo pronto.

Adentramos o estádio após uma rápida revista dos policiais militares e logo fomos subindo a rampa de acesso às arquibancadas cobertas. Uma rápida olhada no mural dos torcedores ilustres do clube e já fomos buscar nossos concorridos lugares na arquibancada. Estava rolando uma preliminar dos juniores, onde vimos um gol pra cada lado, porém boatos diziam que foi 4x1 para o America, o que não pode ser comprovado pois o estádio não conta com placar (nem eletrônico nem manual). O jogo que estava marcado para começar as 15h30 atrasou um pouco, e a torcida chegou em peso, lotando todo o setor coberto. Na entrada do Mequinha, muita festa com direito a rolo de papel e bandeirão. A torcida organizada Sangue Jovem também compareceu, com instrumentos musicais e bandeiras que tremulavam no ar. A torcida do Ceres não ficou atrás e contou com 17 pessoas que curtiram o sol mortal nas arquibancadas descobertas.

Bola rolando e o que se viu foi um jogo que começou agitado, com chances de gol para ambas as equipes. O Ceres chegou a ter um gol anulado pela arbitragem, e quem saiu na frente pra valer foi o America, numa cobrança rápida de falta no círculo central que encontrou o ágil camisa 7 Marcelinho, que invadiu a área, passou por dois marcadores e finalizou de canhota no canto esquerdo do goleiro. Após o gol, o jogo caiu muito de nível, e o intervalo chegou para aliviar o tédio. America 1x0. No segundo tempo, o jogo seguiu uma lástima até a parada técnica aos 20 minutos. Nessa hora, Pirulito e eu saímos para comprar uma bebida, e graças a fila perdemos o reinício de jogo, onde o Ceres foi logo empatando. A torcida já se revoltava e previa o pior, quando num bate e rebate dentro da área, a bola sobrou pro atacante Pagodinho, que deu o tiro fatal no canto esquerdo do goleiro Felipe. Ceres 2x1. Foi a gota d’água, e nos minutos derradeiros nada aconteceu, para desespero da torcida rubra. O final de jogo colocou o Ceres na liderança de seu grupo com 12 pontos em 4 jogos, enquanto o America ficou com apenas 1 ponto em 2 partidas.

A volta tinha tudo pra ser triste e monótona, porém uma batida feia entre 2 carros e 1 ônibus em frente à estação de Edson Passos animou a galera, que logo se aglomerou pra ver o que havia ocorrido. Depois de pegar o trem parador, não escapei das 31 estações, mas valeu a experiência.

Obs: No dia do jogo, rasguei de leve um dedo do pé, e o sangue que escorreu indicava que seria dia de vitória do Mequinha. Nada feito.

Ficha Técnica

Campeonato Carioca Série B – Taça Santos Dumont (1º turno) – 4ª rodada
22/02/2014 – America 1x2 Ceres – Estádio Giulite Coutinho – Mesquita / RJ

Árbitro: Márcio Mendes Cabral
Assistentes: Marcello Oliveira da Costa e Daniel do Espírito Santo Parro

America: Felipe; China, Ramon, Douglas Ferreira e Noel; Alan, Marcelinho, Muniz (Taercio 8’/2ºT) e Betinho (Wagner 28’/2ºT); Ramon Costa (Daniel 28’/2ºT) e Léo Guerreiro. Técnico: Ernesto Paulo.

Ceres: Léo Flores; Betinho, William Silva, Felipe Reis e Rafinha (Gustavo 35’/2ºT); Taylor, Xandinho (Dionísio 16’/2ºT), William Carlos e Eudes; Claudio Pagodinho e Vitor Castro (Leandro 44’/2ºT). Técnico: Leandro Ferreira.

Cartões amarelos: Alan e Ramon Costa (AME); Felipe Reis, Taylor e William Silva (CER)

Gols: Marcelinho 18’/1ºT (1-0); Claudio Pagodinho 22’/2ºT (1-1); Claudio Pagodinho 40’/2ºT (2-1)

Vídeo com gols do jogo: